O artista plástico finlandês que não revela o seu nome de batismo de maneira nenhuma, atende pelo nome de Bruno Maximus. Nome que lhe cai muito bem, não só pela sua personalidade, mas também pela peculiaridade das suas obras.
Eu sempre fui uma grande fã do trabalho de Salvador Dali desde adolescente, quando conheci os trabalhos de Bruno, logo disse com cara de entendida em arte: Ah! você é um pintor surrealista! No que fui corrigida imediatamente pelo artista que me falou que suas obras são hipnorealistas. Um estilo de arte que passa uma mensagem positiva e tem sua base nos sonhos do artista.
Realmente o pintor consegue impressionar pelas formas sempre redondas e macias com vários detalhes que se fundem como que em movimentos de camera lenta. O que realmente passa uma inpressão de estarmos vendo imagens de um sonho.
Bruno é casado com uma brasileria e juntos eles têm três meninos que falam tanto português como finlandês. Eles moram atualmente em Helsinki .
Sempre admirei muito o trabalho de Bruno e já o acompanhei em algumas exposições em outros países também. O fato de nossos maridos serem muito amigos e de sua mulher também ser brasileira, claro sempre me deixou muito a par de sua caminhada profissional.
Desta vez recebi um convite para uma vernissage onde quadros sobre a Amazônia brasileira resplandecem pelas suas cores nas paredes brancas da galeira. Os quadros de Bruno sempre são maiores que as paredes, sempre ganham vida própria e contam uma história que é diferente dependendo daquele que a observa.
Desta vez, a história foi muito mais forte. Ok, tenho que admitir que o tema tocou meu coração de uma maneira especial por se tratar de um aspecto do meu país, fiquei um pouco orgulhosa e feliz com a escolha do artista.
A inspiração, claro, vem de diversas fontes, mas me chamou atenção especificamente de onde veio a inspiração para esta série em especial. Foi com bastante surpresa que ele me contou que a inspiração veio de um livro sobre a Amazônia que meu marido lhe deu de presente no seu último aniversário.
Depois de ler o livro, veio a inspiração e as lembranças de quando Bruno esteve na Amazônia em 1999. Nesta época, muitas fotos foram tiradas e em cima destas fotos os primeiros esboços e os quadros nasceram cheios de verde e amarelo.
Fiquei feliz com o resultado! É como se Dali tivesse pintado sobre a Amazônia. Ops! sei que não posso fazer esta comparação, já fui corrigida pelo artista! Mesmo assim, é difícil não comparar. Podemos dizer que é da mesma escola, possui o mesmo ímpeto, mas analisando bem as obras, lógico, conseguimos perceber as diferenças marcantes entre os dois estilos.
Com um incrível talento natural, Bruno começou seu interesse pela pintura já aos oito anos de idade e daí não parou mais. Sua primeira exibição foi aos 15 anos onde mostrou desenhos em quadrinhos. Sua primeira viagem ao Brasil foi justamente em 1999 e a natureza e praias brasileiras causaram uma grande impressão no artista.
Acredito que esta inspiração sobre a Amazônia ficou guardada todos estes anos precisando de um “gatilho”. Neste caso, este gatilho foi o livro.
Todas as pinturas nascem de uma história e sempre têm uma mensagem a nos contar. Você pode conhecer melhor o trabalho do Bruno visitando o seu site:
http://www.brunomaximus.net/Bruno_Maximus/Welcome.html
Projeto finlândia 
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